Ao se estudar Topografia é necessario estabelecer um estudo paralelo com a Geodésia, isto porque aquela é um caso particular desta. A Geodésia, do ponto de vista científico, se divide em: Geodésia Superior e Geodésia Elementar ou Geométrica. A primeira, de cunho essencialmente científico, preocupa-se com o problema da forma e dimensão da Terra. A segunda, a Geodésia Elementar, é essencialmente prática, preocupando-se em proporcionar à Topografia uma rede de pontos fundamentais a qual esta possa amarrar os seus levantamentos.
A questão relativa a forma da Terra ainda não foi totalmente solucionada. Apesar da natural evolução das teorias relacionadas com o assunto, a ponto de atualmente, as pesquisas estarem sendo conduzidas a partir de dados obtidos do rastreio de satélites artificiais, a investigação continua de forma exaustiva em busca do modelo ideal para a forma da Terra.
A Geodésia Elementar determina com precisão a posição de pontos fundamentais sobre a superfície terrestre, levando em consideração a curvatura da Terra. Estes pontos proporcionam à Topografia o apoio necessário para a amarração dos seus levantamentos.
Adotada a hipótese de operar no plano, o topógrafo restringe o seu campo de ação à pequenas áreas a fim de que não se acentuem os erros decorrentes da não consideração da curvatura terrestre. DAÍ A NECESSIDADE de amarrar os seus trabalhos num "arcabouço" planialtimétrico RIGOROSAMENTE DETERMINADO e atento à forma da Terra.
Para o estabelecimento da carta ou mapa de uma região, é necessário a existência de um conjunto de pontos fundamentais que a Geodésia define precisamente pela latitude j, longitude l e pela altitude H.
A partir desta malha de pontos fundamentais a Topografia anexa o seu levantamento "local" ao Sistema Geodésico Brasileiro (sistema de referência no país) através da junção das coordenadas topográficas X e Y ao Sistema Universal Transverso de Mercator (UTM).
UFSC
G G T: Grupo de Estudos em Geodésia e Topografia
